Já o disse e repito, o sucesso de um projecto de formação não está na meta alcançada mas no caminho percorrido.
Bruno Conde; Diogo Simões; Francisco Silva; Gabriel Lucas; João Lucas; João Cortez; Jorge Renato; Leonardo Cruz; Miguel Jorge; Nuno Domingues; Ricardo Marques e Ruben Cabral acabam de ser duplamente Vice-Campeões, no Campeonato e na taça.
Se num futuro, longínquo ou não, tivermos atletas que passaram pela Casa do Povo a praticar desporto quer seja amador, federado ou profissional, e a aplicarem os valores que lhes tentamos passar todos os dias, como o de jogar sempre para ganhar compreendendo que, às vezes, é preciso perder, então poderemos dizer que o nosso trabalho, a nossa dedicação e um enorme gosto naquilo que fazemos, foi alcançado. Porque a vida, para além do desporto, também é assim e cada derrota tem de ser encarada como uma possibilidade de uma nova vitória.
Bruno Conde; Diogo Simões; Francisco Silva; Gabriel Lucas; João Lucas; João Cortez; Jorge Renato; Leonardo Cruz; Miguel Jorge; Nuno Domingues; Ricardo Marques e Ruben Cabral acabam de ser duplamente Vice-Campeões, no Campeonato e na taça.
Da Direcção da Casa do Povo transmitimos o imenso orgulho de ver estes atletas vestidos com o nosso símbolo e de respeitarem o clube que representam, com o prazer de jogar à bola e com a vontade de fazer cada vez melhor. A fronteira entre a bola que entra e a que bate no poste não vem aqui ao acaso, já que com miúdos destes a bola vai sempre rolar na Casa do Povo.
A equipa de Tó Laranja, que conta com os Seccionistas Ricardo Reis e Elias Simões fez uma época ao nível do que nos tem habituado, a todos eles o nosso abraço e agradecimentos.
P’la Direcção
Cláudio Domingos
A equipa de Tó Laranja, que conta com os Seccionistas Ricardo Reis e Elias Simões fez uma época ao nível do que nos tem habituado, a todos eles o nosso abraço e agradecimentos.
P’la Direcção
Cláudio Domingos
3 comentários:
Respondendo a um pedido de esclarecimento na publicação de 2 de Junho, pelo Anónimo de 3 de Junho, 21:25.
Quando usei o termo “culpa” foi apenas por força de retórica. Seja com os pequenitos seja com os graúdos os treinadores terão sempre culpas e desculpas justificáveis. Na área da educação/formação a perfeição não existe, logo a culpa nunca é um conceito absoluto. Quem se dedica à causa deve usar o termo como auto provocação, ou seja obrigar-se a pesquisar melhores práticas, encontrar melhores soluções. E como defendo que é bom que esta causa seja da sua conta e de muitos outros e tb porque sei que tem razão em relação ao texto (quando são mais as ideias do que o tempo para as escrever, parte delas fica apenas indiciada), já tinha intenção de lhe voltar a pegar.
(continuação)
Porque é que no escalão mais baixo em competição, pouca coisa pode fazer muita diferença? Passo no recreio da EB1 e os miúdos (até miúdas) de 8 a 10 anos estão aos chutos a uma bola. Jogam quase todos o mesmo – ou seja, estão a começar a aprender! Podíamos chamar-lhe nível zero! Depois há aqui um e ali outro que se destacam. Razões? Este que por natureza é muito rápido, aquele que é maior ou mais forte, o outro que passa mais tempo na rua a dar toques com os mais velhos... (Dois anos atrás as diferenças ainda eram menores!) Se quiser fazer uma equipa de Escolas para ganhar, o treinador vem aqui e escolhe os tais que se destacam. Ainda não fez nada, e já está a ganhar aos treinadores que se limitem a trabalhar com os que lhe cheguem ao local de treino por sua vontade (provavelmente mais zeros que os escolhidos). Mas há outras razões para ser mais fácil ganhar a este nível: os factores circunstanciais e os factores estratégicos ou técnico-pedagógicos. Dos circunstanciais:
- menos equipas no escalão = menos adversários;
- menos equipas no escalão qq que seja a modalidade = mais matéria-prima disponível; - estatuto favorável da modalidade = mais escolhas por essa modalidade...Tudo junto quer dizer vantagem em termos de concorrência, sobretudo em função das características locais. Imagine-se que o Mirandense era um clube com projecção nacional e com tradição nos escalões de formação mais baixos; junte-se a isso (imagine) por exemplo a existência de um outro desporto com forte implantação na comunidade (como o râguebi na Lousã, o basquetebol em Esgueira, etc); pode ainda imaginar que era uma equipa da Associação do Porto ... Imagine-se agora como seria difícil ter na nossa equipa a tal matéria-prima e por outro lado a quantidade acrescida de adversários a “abater”.
Depois temos as opções estratégicas ou factores técnico pedagógicas como p.ex:
**pôr um treinador com qualidade neste escalão (opção positiva porque é por baixo que se constrói o edifício e mais ainda quando os adversários muitas vezes põem aqui quem sobra);
**ganhar tempo de formação com um grupo de pré-escolas (tb positiva porque determinadas aprendizagens têm aqui os seus momentos óptimos);
**fazer mais treinos por ano - mais por semana e/ou época mais longa (tb positiva pelas mesmas razões da anterior);
**especialização precoce - preparação imediata dos miúdos para postos específicos (negativo porque não sabemos como eles vão ser aos 16-17 anos) – aprendizagem de processos de jogo utilizados pelos seniores ou “truques” que rendem neste escalão (negativo porque não respeita a noção de pré requisitos e etapas de aprendizagem fundamentais para a construção sólida do tal edifício falado atrás);
**super valorização dos jogadores que se destacam (negativo porque cria vedetas – que é o acessório, em detrimento da equipa – que é o essencial);
**encobrimento dos jogadores de rendimento mais baixo (negativo porque afasta praticantes; porque frequentemente nessa molhada de desistências vão os verdadeiros talentos, ainda não descortinados; porque essa opção vai contra o estatuto de utilidade pública deste tipo de instituições e finalmente, porque é da massa das não vedetas que se constroem as boas equipas dos pequenos clubes).
Estas 3 últimas opções estratégicas são aquilo a que chamo “atalhos que dão trabalhos”, ou concretizando melhor: pode ser a razão porque um clube com tão bons resultados na formação, passa a queixar-se de falta de mentalidade dos jogadores, nos escalões logo a seguir. E não devemos esquecer o já referido efeito embriagante da vitória. Se os treinadores tiverem por hábito fazer uma análise das razões que os levaram às vitórias, tal como fazem em relação às derrotas, vão muitas vezes perceber que aquelas afinal, resultaram mais de conjunturas favoráveis, do que dos méritos da própria equipa, e que portanto há coisas para a melhorar, porque sabemos que não há dois jogos iguais.
Peço desculpa pela extensão, e por isso é que tive que dividir em fascículos.
Sendo eu o anónimo do comentario de 3 junho, 21.25, venho por este meio agradecer toda a atenção dada e preocupação pela mesma. Muito obrigada...
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